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A quaresma é um tempo em que nos reunimos como igreja para fazer um grande Retiro Espiritual. Todos os anos, a catequese da Paróquia São Sebastião de Ipu faz um grande retiro que começa na quaresma e vai até pentecostes. Neste ano dedicado a Nossa Senhora pelos 300 anos de Aparecida não poderia ser diferente.
1ª Parte
A
experiência catequética que vamos adquirindo ao ritmo do caminho da comunidade
nos propõe uma experiência Pascal dentro da Igreja, buscando fazer da alegria
do Evangelho sua intransferível missão como discípulos de Jesus.
Ao
pensar na caminhada catequética, das Cinzas ao Pentecostes de 2017, temos em
conta a oportunidade singular que a própria liturgia nos oferece de nos
reconduzir às fontes da alegria, uma vez que a Quaresma do Ano A tem um afirmado
sentido “sacramental”. Mesmo não recebendo os sacramentos de Iniciação nesta
época, buscamos fazer da quaresma e da Páscoa um tempo de purificação e
iluminação, para no final do ano estarmos prontos para o nosso encontro com
Jesus Sacramentado. Para aqueles que já são batizados, crismados e alimentados
na Eucaristia, a Quaresma é oportunidade de revitalizar a graça recebida e de
se deixar renovar nas fontes da alegria, de modo que transbordem e irradiem,
por onde passar. O tempo pascal é por excelência o tempo da mistagogia, propício a saborear e a
partilhar, em chave missionária, a graça recebida.
Vamos procurar ao longo da Quaresma, da Páscoa e Pentecostes, aprofundar o significado dos símbolos batismais da água, da luz e da vida. Maria, Mãe de Jesus, tem um lugar insubstituível neste caminho. Sentimo-la presente em Caná da Galileia junto de Jesus e dos seus discípulos. Estará igualmente presente em todos os momentos da vida de Jesus e da vida da Igreja. As seis talhas de água das bodas de Caná aproximam-nos desse momento aí vivido por Maria e por Jesus (cf. Jo 2,1-11). E nos 50 dias da Páscoa iremos contemplar os mistérios luminosos do Rosário, as 50 contas do terço, rezando uma ave maria por dia, e em cada ave maria um propósito.
A
partir desta leitura, talvez a única em que Nossa Senhora se dirige a nós com
um pedido e uma ordem ao mesmo tempo, fizemos uma associação de ideias,
palavras e imagens, e assim surgiu a simbologia das Talhas de Pedra que para
nós, nos dias atuais, são potes. Não dá para colocarmos 6 potes na Igreja, mas
colocaremos um e a cada semana um propósito. E os verbos ou ações descritas na
narrativa do primeiro sinal de Jesus, em Caná da Galileia, por sugestão de
Maria, sua Mãe (cf. Jo 2,1-12), são também aqui sugestivos para uma caminhada
em três tempos: encher as talhas (Quaresma), tirar e saborear (Tríduo Pascal) e
levar (Tempo Pascal).
Em
coerência com a dinâmica da Quaresma, queremos insistir, tanto aos catequistas
como aos catequizandos, a prática da oração e da meditação de, pelo menos, um
mistério do rosário por semana, de modo a revitalizar a família, como Igreja
orante. Os mistérios a serem contemplados você encontrará no livro de Orações do Cristão.
A
nossa catequese tem o propósito de oferecer caminhos de acesso, de encontro e
de partilha das fontes da alegria, sem deixar de lado a exemplaridade e guia de
Maria e a possibilidade de “beber do Evangelho nas fontes de Aparecida”.
A
catequese propõe a catequistas, catequizandos e seus familiares se colocarem «a
caminho com Maria, pelas fontes da alegria».
I. O LEMA DA NOSSA CAMINHADA
A
expressão “a caminho” nos coloca
lado a lado com a peregrinação do Povo de Deus, nos seus quarenta anos pelo
deserto, e o nosso caminhar como missionários da Igreja do Senhor. Associada a
esta ideia está a peregrinação mariana que este ano terá particular expressão na
celebração do Jubileu “300 anos de bênçãos”, com Nossa Senhora Aparecida,
tornando-se esta, para nós, oportunidade de percorrer “o caminho da alegria”.
A
ideia de ter Maria como companheira e guia desta caminhada, “com Maria”, quer colocar a Virgem Maria
como causa da nossa alegria. Aliás, seja na Quaresma, no Tempo Pascal, e até
mesmo em Pentecostes podemos sempre deixar-nos inspirar e guiar pelo exemplo e
intercessão de Maria.
Sabemos
que o tempo da Quaresma é um tempo propício para a escuta da Palavra de Deus,
dedicação maior à oração, fazer penitência, recordar o seu Batismo como
discipulado e seguimento a Cristo, preparando-se para celebrar dignamente a
Páscoa. Neste caminho quaresmal, a liturgia propõe aos fiéis a Virgem
Santíssima, como exemplo do discípulo que escuta atentamente a Palavra de Deus
e, seguindo os passos de Cristo, dirige-se para o lugar do Calvário, para
morrer com Ele.
No
Tríduo Pascal, a Virgem Maria é apresentada aos fiéis como a nova Eva, isto é,
a «mulher nova», que, junto à árvore da vida (cf. Jo 19,25), foi associada a
Cristo, o «homem novo» e também como a mãe espiritual, a cuja solicitude materna
o Senhor encomendou os discípulos.
No
«grande domingo», isto é, nos 50 dias em que a Igreja celebra com alegria e
júbilo o mistério pascal, a liturgia romana recorda também a Mãe de Cristo, na
sua profunda alegria pela ressurreição de Cristo e na sua oração com os
Apóstolos, esperando confiadamente o dom do Espírito Santo (cf. At 1,14). A
Igreja, por seu lado, ao exercer a sua função materna, celebrando os
sacramentos da iniciação cristã - que são os sacramentos pascais - reconhece na
Virgem Santíssima o exemplo da sua maternidade; mas compreende também que na
Mãe de Cristo tem o exemplo e o auxílio para a missão de anunciar o Evangelho,
que Cristo lhe confiou depois de ressuscitar dos mortos (cf. Mt 28,19-20).
E
a expressão “pelas fontes da alegria” sugere a ideia de procura, de busca, de
saída, de encontro.
A
nossa proposta é que a cada semana possamos mergulhar nesta fonte (na
Quaresma), saborear e tirar dela a graça da alegria (no Tríduo Pascal), para a
levar aos outros (no Tempo Pascal). Eis algumas sugestões de fontes de alegria
que se relacionam bem com a exemplaridade de Maria e a mensagem de Fátima:
v Na
Quaresma, a conversão, a escuta da Palavra, a adoração, a contemplação, a
oração, o sacrifício;
v No Tríduo
Pascal, a Eucaristia, a Cruz e a Ressurreição; no Tempo Pascal, o anúncio, a
misericórdia, a peregrinação, a vocação, o serviço, o testemunho, a esperança e
a missão.
Deixo
aqui alguns tópicos, como pontos de partida, para a criatividade de cada grupo.
Queremos sintetizar nossa proposta em três eixos:
v Uma ideia,
uma imagem e um sentimento;
v Quaresma,
Páscoa e Pentecostes;
v água, luz e
vida
v encher as
talhas (Quaresma), tirar e saborear (Tríduo Pascal) e levar (Tempo Pascal).
Eixo 1.
A IDEIA DA
NOSSA CAMINHADA: A CAMINHO, COM MARIA, PELAS FONTES DA ALEGRIA!
Maria,
nas bodas de Caná, ilumina o caminho da conversão, da alegria e da missão,
quando se esvazia de si, para deixar o Senhor entrar na nossa vida, escutando e
cumprindo a sua Palavra, de modo que Ele possa transformar-nos e renovar-nos
nas fontes da alegria. Maria revela-se, nas bodas de Caná, como verdadeira
«causa da nossa alegria».
Alguns verbos e movimentos associados a esta cena
mariana dão-nos o motivo certo para nossa caminhada em três tempos, sob a guia,
inspiração e companhia de Maria:
v as seis
semanas da Quaresma (encher as seis talhas);
v o Tríduo
Pascal (tirar a água e saborear o vinho);
v os
cinquenta dias do Tempo Pascal (servir o vinho bom e levá-los aos outros).
Como Fazer
Quaresma: em busca da alegria que brota do
encontro com Cristo!
Prepare uma
talha (pote)em frente ao altar onde os catequistas fazem a oração comunitária.
No Altar deve ser entronizado a Palavra de Deus ao lado da imagem de Nossa
Senhora Aparecida. Prepare também 6 envelopes com as palavras da fonte da
Alegria para ser colocado, um a um conforme as semanas (como iniciamos uma
semana depois da quaresma faremos a colocação de 2 envelopes na 1ª semana).
Na boca da Talha você coloca o terço. Não coloque muitas flores pois estamos
na quaresma.
SEMANAS
|
FONTES DA ALEGRIA
|
4.ª
Semana
|
|
5.ª
Semana
|
ORAÇÃO
(AMIZADE COM CRISTO)
|
Semana
Santa
|
SACRIFÍCIO
(DOM DE SI MESMO)
|
Siga os links dentro do quadro para ver as postagens por semana.
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