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Hoje, queremos refletir no passo mais importante desta pedagogia. É neste passo que encontramos a maior revelação de Jesus: A Eucaristia. Depois de se sentar à mesa, Jesus reproduziu os gestos da Última Ceia, na Quinta-Feira Santa: «Tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho» (v.30); A recordação da Ceia pascal de Jesus teve efeito positivo: finalmente, «os seus olhos abriram-se e reconheceram-no». Este ver e reconhecer dos discípulos são os resultados do contato com a pessoa de Jesus durante todo o processo pedagógico: “Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”. (v.32). Apesar do sofrimento e da descrença os discípulos estavam abertos ao diálogo. Portanto, a Palavra faz “aquecer” o coração, para que os olhos da fé possam ver Jesus de um modo perfeito na revelação da Eucaristia.
É neste episódio que encontramos o valor da Eucaristia na vida do discípulo. Esta é, certamente, a última etapa da revelação do Ressuscitado, e a mais importante porque acontece algo inusitado logo em seguida ao reconhecimento: “Abriram-se lhes então os olhos, e o conheceram, e ele desapareceu lhes”. (v.31). Quando o discípulo reconhece o seu mestre ganha um novo espaço no reino de Deus. Jesus sai de cena para que os discípulos possam se preparar para o próximo passo, a evangelização.
A Eucaristia é o centro da vida cristã, mas é necessário passar por todas as etapas da vida e da Palavra, para chegar a este centro. É neste contexto que como discípulos, precisamos entender que sem Palavra não pode haver Eucaristia, assim como sem a Eucaristia não teremos vida plena.
Todo discípulo precisa convicção de que a esperança nos remete a certeza de que o Senhor nos ajuda a encontrar sentido a todos os acontecimentos. Sobretudo, naqueles momentos em que aparecem tantas dificuldades, contrariedades, desânimos... más, quando pensarmos que tudo está errado e a vida parece não ter sentido, convém-nos saber escutar sua Palavra, que nos levará a interpretá-la à luz do projeto salvador de Deus.
Agora, Cristo não precisa mais aparecer, pois seus discípulos já estão prontos para a missão. A sua presença será Real e transubstancial na Eucaristia como a fonte de nossa fé, pois Cristo é a razão e esperança dessa fé (1Cor 15, 14), Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. A Eucaristia também é o culminância de nossa fé, uma vez que a finalidade de todo homem é o encontro com Cristo. Os discípulos não mais terão medo, pois podem se alimentar do corpo e sangue de cristo e assim viver por Ele, com Ele e nEle.
Para encerrar eis o que diz o Missal Romano: «a Mãe Igreja reconhece com fé firme, acolhe com alegria, celebra e venera com atitude adorante o Sacramento da Redenção, anunciando a morte de Cristo Jesus, proclamando a sua ressurreição, na expectativa da sua vinda na glória, como Senhor e dominador invencível, sacerdote eterno e Rei do Universo, para oferecer à majestade divina infinita do Pai omnipotente o reino de verdade e de vida». Nestas palavras do Prefácio da Solenidade de Cristo Rei, temos uma admirável e resumida doutrina da Santíssima Eucaristia.
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Dinâmica - Aprendendo com Jesus no caminho de Emaús
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