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Em Agosto de 2010 comecei a escrever este blog para ajudar os nossos catequistas. Com o passar dos tempos fui vendo que estava no caminho certo pois o nosso blog com pouco mais de um ano atingiu a faixa de 100.000 visitantes. Para comemorar esta data resolvi fazer uma dinâmica de interação com os nossos visitantes. Esta dinâmica consiste em um paradoxo que cada um dos nossos amigos pode responder comentando ou divulgando o seu paradoxo para reflexão e será publicado, desde que sejam respeitados todos os argumentos para o bom senso e o bem comum.
Eis o meu Paradoxo:
Deus é onipotente, por isso pode fazer tudo, logo Ele é o Deus do impossível. Pergunta-se: Ele pode criar uma pedra que Ele não possa erguer? Se não pode criá-la, não é onipotente; se pode, então também não é onipotente, já que ao criá-la estaria originando algo que não poderia fazer (levantar o que tinha criado). Mas Ele é o Deus do Impossível! Como pode fazer algo que é impossível ser feito?
Em língua portuguesa, o paradoxo mais citado talvez seja o célebre soneto de Luís de Camões:
"Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer;”
Mas como pode isso também se Deus é amor e em Deus não existe dor, tristeza ou qualquer sentimento negativo?
Esta dinâmica serve para refletirmos nos valores da vida, respeitar principalmente o que é de ordem Divina e saber obedecer mais a Deus do que tentar compreende-LO. A Palavra e o Poder de Deus deve ser obedecido e não tentado. Dt 6, 16.
Para ajudar segue abaixo uma pequena explicação sobre paradoxo.
Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é "o oposto do que alguém pensa ser a verdade". A identificação de um paradoxo baseado em conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, auxiliado significativamente o progresso da ciência, filosofia e matemática.
A etimologia da palavra paradoxo pode ser traçada a textos que remontam à aurora da Renascença, um período de acelerado pensamento científico na Europa e Ásia que começou por volta do ano de 1500. As primeiras formas da palavra tiveram por base a palavra latina paradoxum, mas também são encontradas em textos em grego como paradoxon (entretanto, o Latim é fortemente derivado do alfabeto grego e, além do mais, o Português é também derivado do Latim romano, com a adição das letras "J" e "U"). A palavra é composta do prefixo para-, que quer dizer "contrário a", "alterado" ou "oposto de", conjugada com o sufixo nominal doxa, que quer dizer opinião. Compare com ortodoxia e heterodoxo.
Na filosofia moral, o paradoxo tem um papel central nos debates sobre ética. Por exemplo, a admoestação ética para "amar o seu próximo" não apenas contrasta, mas está em contradição com um "próximo" armado tentando ativamente matar você: se ele é bem sucedido, você não será capaz de amá-lo. Mas atacá-lo preemptivamente ou restringi-lo não é usualmente entendido como algo amoroso. Isso pode ser considerado um dilema ético. Outro exemplo é o conflito entre a injunção contra roubar e o cuidado para com a família que depende do roubo para sobreviver.
Deve ser notado que muitos paradoxos dependem de uma suposição essencial: que a linguagem (falada, visual ou matemática) modela de forma acurada a realidade que descreve. Em física quântica, muitos comportamentos paradoxais podem ser observados (o princípio da incerteza de Heisenberg, por exemplo) e alguns já foram atribuídos ocasionalmente às limitações inerentes da linguagem e dos modelos científicos. Alfred Korzybski, que fundou o estudo da Semântica Geral, resume o conceito simplesmente declarando que, "O mapa não é o território". Um exemplo comum das limitações da linguagem são algumas formas do verbo "ser". "Ser" não é definido claramente (a área de estudos filosóficos chamada ontologia ainda não produziu um significado concreto) e assim se uma declaração incluir "ser" com um elemento essencial, ela pode estar sujeita a paradoxos.
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